segunda-feira, 30 de maio de 2011

A música e as principais características das crianças dos 6 aos 12 anos.

  • Ampliação do Vocabulário
As crianças costumam falar mais, aprender palavras novas e repeti-las. Assim, o professor deve incentivar a criança a dialogar com colegas, família e com as pessoas em geral.
Musicalmente, deve-se inserir gradualmente músicas com novos vocabulários para que a crianças vá se acostumando. É importante que a cada palavra nova o professor deixe que as crianças perguntem. Caso isso não aconteça, o professor deve mostrar a palavra nova, perguntar se alguém já ouviu a mesma, se sabe o significado e depois deve explicar de maneira simples para os alunos. As letras das músicas acompanhadas de figuras as ilustrem facilitam a memorização das letras.
  • Gostam de pertencer a grupos
A participação em grupos proporciona as crianças o aprendizado com em conviver com outras pessoas, com as diferenças (psicológicas, religiosas, sociais, entre outras). Em grupo essas diferenças desaparecem e todos se sentem “um só”. Ou seja, todos os do grupo tem interesses e gostos comuns. Quando se está em grupo nos sentimos queridos e amados, além de especiais. O professor deve encorajar a criança a participar de grupos, mas não deve forçar.
Musicalmente, as crianças devem ser incentivadas a trabalharem em grupos para que aprendam a discutir idéias e a chegarem em acordo com relação a certa atividade. O professor pode, por exemplo, propor que um grupo faça a coreografia da música, outro use instrumentos para fazer a rítmica e outro grupo se divida para cantar. Cada criança terá uma idéia diferente, mas devem aprender a compartilhar as mesmas, juntá-las e chegar ao resultado de comum acordo.
  • Aumento do poder de atenção e concentração
As atividades podem proporcionar ao aluno mais atenção, como por exemplo, ver a filme (curto) e contar o que aconteceu.  Ou contar uma história e pedir para na próxima aula os alunos contarem. São atividades que levam ao aluno a se concentrar e ter atenção.
As atividades devem seguir a mesma ‘linha’ na área musical. O professor ensina uma letra e melodia simples, com o auxilio de imagens ou utensílios que facilitem a memorização do aluno. Na próxima aula os alunos devem tentar cantar a música sem a ajuda do professor.
  • Desafiam as capacidades físicas descobrindo os limites do corpo
As crianças adoram e se divertem quando percebem algo de interessante no seu corpo, ou algo que consegue fazer que antes não conseguia. Possibilitar uma recreação variada em lugares diversos ajuda a criança na sua descoberta.
Musicalmente, pode-se utilizar o Barbatuques – Percussão Corporal para esta descoberta se tornar ainda mais interessante. Afinal, as primeiras formas de se fazer música foram através da voz e dos sons do corpo.
  • Assume algumas Responsabilidades e tem Iniciativa
As crianças já começam a ter iniciativa, e a assumir responsabilidades, lideranças, coordenar grupos, entre outros. Brincadeiras onde se delega um responsável pelo grupo, sempre mudando o responsável a cada inicio de brincadeira é ótimo para elas.
O educador musical pode explorar essas dias características dividindo a turma em grupos e pedindo que escolham um líder (que deve ser alterado a cada inicio de brincadeira). Este, falará como as outras crianças deverão agir conforme a música. Exemplos.: O líder pode criar gestos, coreografia musical, pode ensinar como tocar os instrumentos (tambor, chocalho, palmas, pés, entre outros), pode designar uma ou mais crianças para cantar, entre outros. Assim, já vão sentido como é liderar, e o respeito que devem ter com os liderados, e aprendem também como é ser liderado, e o respeito para com o líder.
  • Interesse em explorar e experimentar
Mexer, fuçar, bisbilhotar, ver como funciona, que som produz, se tem mais repartições, se abre e fecha, se tem mais cor, enfim, tudo o que desperta a curiosidade as crianças tem interesse.
Com essas características tão boas, o educador tem muitas maneiras de incentivar o aluno. O educador deve criar, procurar e trazer algo novo toda aula. Interessante formar bandinhas alterando sempre os instrumentos dos alunos. Pedir opiniões aos alunos de possíveis jeitos de tocar, quais instrumentos usarem e quando devem ser tocados, estimulam essas características.
  • Maturação Motora
A criança tem maior controle de suas habilidades motoras conseguindo realizar atividades diferentes das que costumava realizar.
Tocar instrumentos, como o piano, já se torna possível. O ensino deve ser feito de forma lúdica, principalmente a teoria e até mesmo as notas, pauta e claves, que podem vir desenhadas e coloridas para tornar a aula mais divertida e de fácil memorização.
Referências Bibliográficas:

VIANA, Erica – Algumas características das crianças a partir dos 6 anos.
ARAÚJO, Regina Magna Bonifácio de – Características das crianças em cada faixa etária. Disponível em: http://www.montesiao.pro.br/estudos/crianca/caract_faixaetaria.html. Acesso em 10 de fevereiro de 2011.

Psicologia do Desenvolvimento

 
Psicologia do Desenvolvimento é a análise do ser humano em todas as fases do seu desenvolvimento. Ou seja, o ser humano está constantemente se desenvolvendo, por tanto, como dito no material, é a análise da vida da pessoa começando na concepção e terminando na morte.
O desenvolvimento compreende o ser humano como um todo, ou seja, todas as suas características como físicas, intelectuais, emocionais, sociais, entre outras.
Entender a psicologia do desenvolvimento ajuda na prática pedagógica, pois pode compreender as diferenças em cada faixa etária, as mudanças dos comportamentos dos mesmos, como agem e porque agem de certa forma. Com todo esse conhecimento o professor torna-se conhecedor de seus alunos podendo avaliar e programar sua docência assim também como melhora o seu relacionamento com eles.
Piaget nos contribuiu com sua teoria do estágio do desenvolvimento cognitivo onde divide as fases da vida por estágios e os caracteriza. Já Vygotsky deixou-nos a teoria sociocultural onde o olhar é voltado para as interações do ser humano com o meio, em um contexto social.

Referências Bibliográficas:

Educação Musical - Psicologia do Desenvolvimento. Material didático da disciplina de Psicologia do Desenvolvimento da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar na modalidade EaD disponível em: http://ead.sead.ufscar.br/mod/book/view.php?id=51790.

Material disponível no fórum livre do pólo Barretos da disciplina de Psicologia do Desenvolvimento da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar na modalidade EaD disponível em: http://ead.sead.ufscar.br/mod/forum/discuss.php?d=45579.

O Período Barroco

A influência da Renascença ainda continua no Barroco com os Ospedali (asilo para crianças), mas as crianças neste período não somente aprendiam música, mas se tornavam exímios músicos (profissionais) inclusive com apresentações.
No século XVII foram construídos os primeiros teatros de ópera e os concertos públicos se tornaram pagos. Os músicos do período tornam-se empregados sendo pagos para fazerem apresentações, assim como os compositores podem ser comparados a ‘escravos’ de seus empregadores, visto que faziam música seguindo os gostos e desejos de quem os contratavam.
Foi a partir do Barroco que os músicos tornaram-se profissionais remunerados e o ensino tornou-se mais importante e significativo como atualmente acontece. Essas contribuições nos ajudam muito principalmente para os músicos (artistas) e os educadores.
No Barroco houveram muitos músicos e professores que nos deixaram contribuições significativas. Entre eles, o destaque se dá à Johann Sebastian Bach (1685-1750) que foi músico, compositor e educador nos deixando dois volumes de O Cravo Bem Temperado entre outras muitas peças.
A Orquestra Barroca, segundo Cavini (2011) era um termo empregado para designar um conjunto instrumental formado ao acaso, com músicos e instrumentos que tivessem disponível no momento. Sua principal característica é o baixo contínuo, normalmente desempenhado por instrumento harmônico: caro, órgão ou alaúde, mas também poderia ser desempenhado por outro instrumento e/ou instrumentos a escolha do compositor da obra.
Ainda não havia um maestro então, o músico que executava o baixo contínuo ficava ao centro tocando e todos os outros músicos tocavam em volta do mesmo e este coordenava a orquestra.
A característica da música Barroca são os contrastes (forte-piano, de timbres, de instrumentos, andamento, textura e sonoridades), de muitos ornamentos e ritmos energéticos.
Segundo Cavini, (2011), uma transformação marca musicalmente esse período. É a transformação e substituição definitiva do sistema modal pelo tonal e a utilização das características musicais na música.
No Barroco também se desfez a polifonia e característica marcante na Renascença surgindo uma música mais instrumental, principalmente para teclado e violino.
O Barroco também foi o berço da ópera e da expansão da orquestra (CAVINI,2011).
A Igreja, precisou mudar o estilo musical para recuperar os fieis perdidos para a Igreja Protestante. Foi utilizado o estilo característico do Barroco (contrastes, ritmos, entre outros) gerando uma música de estilo contraditório e inovador ao que tinham costume. Era uma música que utilizava sensacionalismo e emotividade.
Todas essas características e estilos musicais nos deixaram inúmeras influências  para a música contemporânea.

Referências Bibliográficas:
Material disponibilizado no Moodle da Disciplina de História da Música e da Educação Musical 1 do Curso de Educação Musical da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar. - Unidade 5: A Música no Barroco – séculos XVII.
CAVINI, Maristela P. História da Música Ocidental: uma breve trajetória desde a Pré-História até o século XVII. São Carlos: EDUFSCar, 2011.

SANTIAGO, Glauber - Origens e Desenvolvimento da Educação Musical: uma breve visão


segunda-feira, 2 de maio de 2011

Como era a Educação Musical na Idade Média e o trabalho de Guido D’Arezzo

 
A educação musical da Idade Média teve grande influência e domínio do Cristianismo. Toda manifestação musical era em louvor a Deus. A escola cristã era a principal meio de educação. A educação tornou-se acessível a todos – ricos e pobres.
De acordo com Mansvotfs, apud SANTIAGO, (2009) “A ordem ‘euntes docete ommes gentes’ caracteriza uma nova atitude mental: todos devem ser cultos; se não cultos, pelo menos aculturados” (p. 21).
A música era considerada uma disciplina importante da época. Ensinava-se canto, canto de intervalos, memorização de cânticos, leitura por meio da pauta, entre outros.
Para a difusão da religião, o canto foi de suma importância sendo este ensinado a todos, principalmente aos mais pobres. Foram criadas escolas para este ensino e citando Fonterrada, apud SANTIAGO (2009), “a criança era vista como um animalzinho, fonte de diversão e entretenimento para os pais e os habitantes locais” (p. 26). Ou seja, a criança não precisava entender e se aprofundar musicalmente e espiritualmente, só precisava saber o suficiente para ‘fazer o que é certo’ para divertimento e alegria dos adultos.
O monge beneditino Guido de Arezzo inventou a escala e as notas musicais. Baseou-se no começo das frases de um hino em louvor a São João Batista criando: ut, re, mi, fa, sol e la.
De acordo com Torrellas, citado por SANTIAGO, (2009) “é atribuída ao ele também o sistema de solmização por hexacordes, o da mutança, o método da mão harmônica ou Guidoniana, o contraponto e o aumento de duas linhas às duas horizontais e paralelas que usavam para notação desde finais do século X” (p.24).
A técnica de solmização consiste em cantar sílabas a cada nota musical.
A mão Guidoniana  serviu para o ensino das notas onde cada articulação dos dedos representava uma nota diferente. A mão guidoniana era usada didaticamente, para os alunos poderem cantar os intervalos indicados pelo professor. Segue imagem abaixo:
Mão Guidoniana (Grout & Palisca, 1996, p.59)
Retirado de: SANTIAGO, Glauber – Origens e desenvolvimento da Educação Musical (2009 - p. 27)


São muitas as descobertas tanto teóricas, práticas e de educação musical resultante deste período (Idade Média) que nos ajudam e que sem as quais não teríamos a música atual.
A educação musical também mostra conceitos importantes como o da educação para todos, a priorização do ensino de canto, notas musicais e intervalos e a criação de métodos para estes ensinos por Guido de Arezzo.

Referências Bibliográficas:

Material disponibilizado no Moodle da Disciplina de História da Música e da Educação Musical 1 do Curso de Educação Musical da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar. - Unidade 3: A Música da Idade Média – séculos V ao XV

SANTIAGO, Glauber - Origens e Desenvolvimento da Educação Musical: uma breve visão

Solmização – disponível em: http://bonamusica.blogspot.com/2005/11/basics-i-solmizao.html. Acesso em 5 de março de 2011.

O papel da inclusão digital no processo educativo

A Inclusão Digital caminha junto com a Inclusão Social. Quando um indivíduo não está incluído digitalmente, ou seja, não conhece e não tem acesso a Internet e computadores o mesmo não está incluído nessa nova e sempre crescente época digital.
Exemplificando a relação da inclusão digital com a social, vê-se que muitas crianças atualmente possuem acesso a Internet e elas fazem parte de sites de relacionamento, criam blogs entre outros. Caso uma crianças de uma turma de alunos, por exemplo, não possua nenhum e/ou algum dos itens citados acima, a mesma é pressionada a tê-los ou, vira motivo de risos entre os ‘amigos’. Percebe-se então que a Internet gera relacionamento podendo até mesmo alterar a auto-estima. Outro exemplo onde é possível ver claramente essa relação é na busca de uma vaga de emprego. Possuir digitação e informática era um diferencial até pouco tempo atrás e, hoje é um requisito obrigatório ao candidato.
Assim como em qualquer área de estudo, é preciso conhecer sobre o assunto. Eis então que se faz necessário antes de tudo, a educação. Por meio dela se aprende o que é, e como utilizar, quais são as funções e qual a importância dos computadores.
Os computadores e a sua rede facilitam a vida moderna, barateando custos, transações são feitas rapidamente, comunicações e conversas são feitas em tempo real podendo ouvir e ver a pessoas, pode se conhecer lugares, conhecer estilos, a informação/notícias é transmitida rapidamente, entre outras vantagens.
Através de centros específicos de computação pode ser que essa dificuldade de difusão da informação seja amenizada, porém caso o aluno não dê continuidade do uso, o problema da exclusão digital ainda residirá.
Como dito no material didático, não apenas faz-se necessário uma pessoa ter um computador, é preciso que o entenda e, mais ainda, que tenha utilidade para essa pessoa. De que adianta, por exemplo, ter um telefone, saber usar e não ter ninguém para se telefonar? Uma pessoa que não tem um motivo/razão para usar um computador não tem interesse pelo mesmo.
Não somente a Educação a Distância – EaD, mas outras áreas são favorecidas pela inclusão digital onde o aluno aprende sem sair de casa. Desta forma, barateia os custos e economiza tempo com transportes. A maioria das pesquisas feitas, até mesmo para trabalhos escolares, é retirada da Internet e não mais de livros. As bibliotecas hoje estão mais vazias e muitas delas são ampliadas para bibliotecas digitais, onde todo o conteúdo encontra-se acessível ao usuário ‘por meio de um click’.
Na cidade onde resido a biblioteca local foi ampliada com uma sala digitalizada na qual todas as pessoas têm acesso ao uso do computador e a Internet. Na Câmara Municipal também há um centro digital. Foram criados também projetos onde o povo aprende computação. O maior percentual de usuários que acessam a Internet é dos jovens de 16 a 24 anos, considerado os mais frequentadores do mundo digital e o menor percentual em função da idade é de pessoas com mais de 60 anos.
Não há como não estar inserido na era globalizada. Mesmo os não conhecedores do funcionamento do computador, possuem celulares e outros aparelhos que facilitam a vida. Muitas pessoas também que não conhecem muito sobre o computador, mas sabem funções simples. Será que essas pessoas estão incluídas digitalmente? Acredito que sim e que esse pouco que sabem seja apenas os primeiros passos para um aprendizado maior.
A sociedade tornou-se uma sociedade da informação onde tudo é processado rapidamente. A velocidade da inclusão digital precisa ser rápida já que ainda há muitas pessoas analfabetas digitalmente e a velocidade do crescimento tecnológico aumenta cada dia mais e mais.

Referências Bibliográficas:

Texto disponibilizado pela disciplina Tecnologia da Internet para Educação Musical – A História da Internet e a Inclusão Digital. Disponibilizado em: http://ead.sead.ufscar.br/mod/book/view.php?id=52086.

MARTINI, Roberto – Inclusão Digital & Inclusão Social. Disponibilizado em: http://revista.ibict.br/inclusao/index.php/inclusao/article/view/7/13. Acesso: 1 de maio de 2011.

Inclusão Digital reduz a exclusão social. Disponível em: http://www.arede.inf.br/inclusao/component/content/article/112-destaques/1643-fotografite. Acesso em 1 de maio de 2011.

Sejam todos bem vindos a este blog!



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Sou aluna do curso de Graduação de Educação Musical da UFSCar e este blog foi criado com o objetivo didático do cumprimento das atividades da disciplina Tecnologias da Internet para a Educação Musical.

Aqui encontrarão matérias sobre música, educação musical e temas relacionados. É um blog para quem atua, estuda e/ou gosta de música e educação.

Abraços,